![]() |
By Russelli Felicio |
A rua virou rio. Corrente de água. Água corrente. Abundância.
Corpos tensos a salvar suas coisas. Desde o início da manhã sombria.
Levantem-se ! O céu está se lamentando. Venham ver.
Ergam isso e aquilo! Tudo o que puderem. Elevem-se!
O tempo corre. Não tão depressa quanto o novo rio.
Alguém pode tapar as goteiras do céu? Parece que não.
O tempo corre. E já não há mais o que erguer. Foram-se os braços.
O rio já é mar. O estrondo da chuva já é música a escorrer.
Há pequenos seres voando sobre as águas,
fabricando desenhos...bonitos - indiferentes ao que se passa.
E quem não pode voar? E quem não tem para onde subir, nem "a coisa" para livrar? Serão levados, pelo frio?
Eles têm sido arrastados pelo imensidão invisível de todos os dias?
É o mundo submerso?
Alguém pode fazê-lo emergir?
Talvez o molhar seja preciso.
Que lindo descobrir esse teu lado. Que surpresa agradável. Será a minha leitura diária =)
ResponderExcluirBjo no heart!
Parabéns pelo começo, Anne! Vou seguir para ler outros belos textos! ;)
ResponderExcluirBeijocas!
Bem legal primeca! Estou no aguardo do poema sobre "a mancha"!
ResponderExcluir- Nando Alves
Como disse Raul Seixas uma vez, sobre a ressaca do mar que tinha destruido seu carro: "o mar esta certo, quem esta errado somos nós
ResponderExcluir