É cedo. E Deus já está lavando o caminho de muitos pés.
Lá fora tá tudo da cor da cinza. Cinza do céu. Cinza da saudade queimando.
Cinza da chuva, que traz o frio, o frio que traz o desejo, o desejo que pede o abraço.
Chuva indecisa, que ora desaba forte como a minha vontade de te ver...ora,
desce calma como a serenidade que ganho na certeza de te ouvir.
Preciso fazer o meu dia lá fora, pôr os pés no caminho. Mas ainda estou parada
no espaço e no tempo. Ainda estou em balbucios sonolentos da madrugada.
Ainda estou no silêncio da espera. Ainda estou na sua voz.
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