Há dias em que o presente parece seco, infértil, cansado.
Sem ânimo para verter-se em futuro.
O medo, a frustração e a derrota contaminam o solo.
Por isso, preciso arrumar meu quintal.
Quero quintal de roupa no varal, de borboletas no estômago,
de sombras de árvores, de criança correndo, de flora.
Do passado? Prefiro dar a mão ao que abriu meu sorriso.
Só quero o bom dessa saudade.
E assim, espero o dia em que vou acordar - esfregar os olhos acanhados, sonolentos - e encontrar muitas, muitas flores. Por dentro...de mim.
Grandes e viçosos copos-de-leite, prontos, a nutrir minha alma.
E eis que tudo será flor.
Em breve será.
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