segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Florescência



Há dias em que o presente parece seco, infértil, cansado.
Sem ânimo para verter-se em futuro.

O medo, a frustração e a derrota contaminam o solo.

Por isso, preciso arrumar meu quintal. 


Quero quintal de roupa no varal, de borboletas no estômago, 
de sombras de árvores, de criança correndo, de flora.

Do passado? Prefiro dar a mão ao que abriu meu sorriso. 
Só quero o bom dessa saudade.

E assim, espero o dia em que vou acordar - esfregar os olhos acanhados,  sonolentos - e encontrar muitas, muitas flores. Por dentro...de mim.

Grandes e viçosos copos-de-leite, prontos, a nutrir minha alma.

E eis que tudo será flor.

Em breve será.

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