Sentir, perceber, experimentar. Aqui, meus pulsos tornam-se canais, braços que transportam o que surge - e urge. Disponho os dedos sobre eles: estou viva.
quarta-feira, 28 de agosto de 2013
Ímpeto
Não vejo a hora de soltar meus balões coloridos,
de vê-los dançando na imensidão acima de nós.
Não vejo a hora de brincar de ciranda com as palavras
ao invés de tentar lutar contra elas. Já não quero ter que arrumá-las.
Anseio vê-las ilegíveis, soltas - como fios de cabelo que se espalham ao vento.
Preciso andar descalça, na areia, no molhado,
nas pedras da minha rua...sentir a textura da vida
sob pálidos pés.
Quero voltar e ir. Ir sem voltar.
Voltar sem sair.
Quero o sol a visitar o meu rosto.
E outro rosto a tocar no meu.
Quero voar sem nem me mover.
Gargalhar.
Simplesmente me perder para me encontrar.
Já sei o que quero.
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