- Olha, uma flor de plástico!
Deitada entre listras, no chão endurecido, bebendo da chuva.
Tão viva quanto minha pele recebendo o frio.
Flor?!
Quem foi capaz de te enxergar, entre pés correndo?
Agradeço aos olhos que te perceberam e aos ouvidos que me captaram.
Fora eu aquela planta, momentos antes, envolta em plástico, para conservação - pensei, debaixo da sombrinha, fugindo da chuva, sem notar que eu já estava embebida.
Noite cinza, fria, úmida. Bonita.
Nenhum comentário:
Postar um comentário